segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sensacionalismo e ética.

http://www.tvi24.iol.pt/internacional/tubarao-surfista-australia-tubarao-branco-tvi24/1361792-4073.html

Ponto 1: A discussão não versará sobre se o surfista estava ou não numa área para o efeito.
Ponto 2: A discussão tem que passar pelo facto de sermos nós a decidir as áreas para o efeito, quando existem espécies marítimas que vagueiam o mar (e aquele em específico) há milhares de anos. O homem tem que se adaptar, não fazendo com que os outros se adaptem. Porque nestes casos, não se adaptam e depois reacende-se a questão adaptativa.
Ponto 3: O sensacionalismo autopromove-se, no meio da confusão, quer pelos meios de comunicação, quer pela população. O caso isolado tende a aparecer como possível de ser mais generalizado se as medidas certas não se tomarem. O abate dos tubarões-brancos não me parece ser, sequer, uma medida certa.
Ponto 4: É eticamente viável o abate de um animal, devido à impossibilidade do lazer? Fico com a sensação de que inconscientemente regressamos ao medievalismo, do homem sem certeza do seu lugar no mundo.

"«Disponibilizámos mais 14 milhões de dólares (cerca de 11,5 milhões de euros) para conhecer melhor os grandes tubarões-brancos e perceber as razões dos ataques», disse aos jornalistas."

Ponto 5: Não vejamos nas iniciativas de defesa da geografia, ambiente e espécies uma finalidade que a escala monetária faz aproximar mais ou menos do seu sucesso. Nós fazemos parte do mundo deles. Sem sensacionalismos. 

Sem comentários:

Enviar um comentário